Ilha Bela: o paraíso despreparado

Quem me acompanha pelo Instagram sabe que passei minhas férias em Ilha Bela, litoral norte de SP. Em linhas gerais, a viagem foi incrível (muito porque estávamos bem acompanhados), tirando alguns contratempos. Nunca havia visitado a ilha até então e, quando cheguei, tive uma impressão muito boa. Até que fui, com um olhar mais crítico, dando atenção aos detalhes (aqueles que fazem toda a diferença!). Ilha bela é um paraíso por suas belezas naturais e um destino caro para os que decidem passar suas férias. Escolhemos o hotel Vista Bella  para se hospedar e passar nossa noite de Réveillon. Hotel bom, com diária cara, expectativa alta. É o óbvio, não é? Errado. Ao chegar no hotel, me deparei com um ar condicionado ruim, que não gelava. Fui até a recepção e tive que esperar muito tempo até que alguém viesse consertá-lo. Claro que não mudou muita coisa, mas eu não queria ser chata e ficar reclamando sobre o mesmo problema. Logo depois, o problema se tornou o chuveiro. Daqueles que só possuem duas temperaturas: frio do pólo norte ou quente vulcânico (essa palavra existe?). Ainda assim, não reclamei, pois eles não iam trocar o chuveiro só porque EU não havia gostado. No dia seguinte, esse mesmo sr. chuveiro não funcionou. Agora, a opção quente vulcânico não existia mais, somente o frio do pólo norte. Não tive escolhas senão mandar trocar a resistência do bendito chuveiro. Felizmente, os dias se passaram e nenhum problema apareceu. Até que eu resolvi comer no hotel um dia depois do Réveillon. A cozinha abriria somente às 14h30, então antes disso já fizemos nossos pedidos para que as moças da cozinha pudessem se organizar, pois havia muitas pessoas na fila. Mais de uma hora depois, depois de muito insistir, a comida chega e temos que enfrentar o mau humor e o despreparo da meninas que trabalha no balcão. Era sempre assim. A comida era ótima, uma delícia, preço bom, mas o atendimento... Não vi um hóspede que não reclamou sobre as garçonetes. Eram respostas atravessadas de um lado e má vontade do outro. No entanto, o que mais me deixou assustada foi que esse tal de mal atendimento não era exclusividade do Hotel Vista Bella, mas sim de muitos estabelecimentos na ilha. Ou a comida demorava mais de uma hora, ou o pedido vinha errado, ou vinha a mais do que havíamos pedido. O clássico era pedir, por exemplo, uma sobremesa com quatro colheres e a garçonete comandar duas sobremesas (de propósito??) e trazer as duas na mesa e perguntar (com um leve toque de insistência) para que ficássemos com as duas. Claro que tivemos nossas exceções. Os restaurantes Marakuthai (falo melhor dele em outro post) e Mozzarello (também conto sobre ele depois) foram excelentes em todos os aspectos analisados. Ah, ia me esquecendo de falar sobre o Sea Club. Esse lugar foi o pior que frequentei por lá. Com uma estrutura maravilhosa, o atendimento era tão estúpido que perdia todo o brilho! Os caras do bar tiravam sarro dos clientes, os garçons davam informações erradas, a cozinha chegou a demorar quase duas horas (se não mais) para trazer APENAS uma casquinha de siri! Será possível? Eu sempre falo aqui: atendimento em primeiro lugar, minha gente! É preferível ao cliente ter três opções no cardápio e ser tratado maravilhosamente bem do que mil opções e um atendimento medíocre! É mais lucrativo gastar com um bom treinamento, do que perder clientes todos os dias! Ao menos, nessa viagem, aprendi onde devo voltar e onde nem devo passar na frente. Eu teria mil coisas e mil defeitos para citar justamente sobre o atendimento geral, mas não queria deixar o texto muito maçante, então já sabem: antes de ir para Ilha Bela, preparem uma mala cheia de paciência.