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Foto: WeHeartIt |
"Cientistas do instituto norte-americano Massachusetts Institute of Technology (MIT) conseguiram identificar um gene que tem papel crucial no processo de extinção de memórias. Este processo é natural e permite que memórias antigas deem lugar a novas sobre o mesmo fato, o que seria um processo de reaprendizado. Agora, os pesquisadores estudam se seria possível usar este gene para superar um trauma, por exemplo, ajudando um indivíduo a reaprender com experiências novas, algo que foi ruim no passado. Cientistas já desconfiavam que esse gene pudesse estar ligado à extinção de memórias devido a sua abundância no cérebro e seu envolvimento em processos de aprendizado e memorização.O gene identificado pelo MIT, chamado de Tet1, controla outros genes necessários para que uma memória seja extinta." (fonte: uol.com.br)
Quando começamos a crescer e adentrar a fase adulta, passamos por inúmeras situações em que somos "levados" a esquecer de acontecimentos passados ou nos esquecemos naturalmente, com a ajuda do tempo. É assim nas relações interpessoais, é assim nos relacionamentos amorosos, é assim em muitos aspectos das nossas vidas. Até a natureza tratou de nos criar com ferramentas que possibilitem o esquecimento, como mostra a reportagem do Uol (acima). O que eu não entendo é: porque temos que esquecer? Porque temos que esquecer um relacionamento furado, uma amizade que não deu certo, um negócio que não foi para frente? Porque é que o esquecimento está nos conselhos dos amigos, dos pais e de quem se dispõem a nos ajudar? O ponto em estou tentando chegar é que acredito que o esquecimento não seja o melhor caminho. Acho, verdadeiramente, que não apagar da memória os caminhos errados que tomamos nos ajude a não voltar aos mesmos erros de antes. Não devemos bater na mesma tecla sempre, mas, simplesmente, não deixar que a memória morra em nós mesmos já é um grande passo dado rumo à escolha certa. Até em frases de autoajuda encontramos esse tal:
"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos." Fernando Teixeira de Andrade
E eu me pergunto: quem é que disse que roupas usadas, com a forma do nosso corpo, não são boas? O raciocínio está errado! Devemos sim nos lembrar de onde já estivemos, porque se tais lugares foram um tanto obscuros, lembraremos de que eles não são os melhores para o nosso regresso! Ao contrário do que Fernando disse, acho que sempre estaremos à margem de nós mesmos. É um fardo que o ser humano deve carregar... A cada escolha que fazemos estamos expostos às consequências dessas decisões. E isso não é estar a margem de nós mesmos?
Só gostaria de lembrá-los que (obviamente) não há nada que possamos fazer com relação ao que passamos. Se erramos uma dia, podemos mudar nossas atitudes e construir uma nova história. Deixemos para lá aquela frase batida "Quero um remédio para esquecer minhas frustrações" e que a gente encare de frente (e com coragem) o que deu errado.
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