Shake it out

            

              Os meus medos são feios. Eles são da cor 'nãosigaemfrente' e têm um formato que não dá vontade de olhar. Mas eles são persistentes e surgem na minha frente quando menos eu preciso deles. Aliás, eu nunca preciso deles. Ninguém precisa dos medos. Alguns medos são menos horríveis, como o medo de perder alguém ou o medo de ir mal em uma prova. No entanto, são reais e, se a gente deixar, tomam conta de cada pedacinho de nós. Meus medos são mais vivos que muitas coisas em mim, talvez por dar valor demais ao que conquisto, ao que é meu e ao que virá.  Descobri que eles atrapalham muito o que a gente deseja na vida. Eles inibem, fazem com que a gente dê um passo para trás, ao invés de dois para frente. Como é que se joga um medo fora? Como é que se esquece deles? Alguém aí sabe? Porque eu ainda não descobri. De certa forma, eles estarão sempre lá e nós é que temos que aprender a desviar a atenção e e colorir cada um deles com a cor 'fé', ou com a 'vaifundoqueavidaéumasó'. Enquanto eu não descubro, vou enfrentando minhas pequenas batalhas, e talvez as mais importantes, as que estão dentro de mim. Só tenho uma certeza: o pior inimigo está dentro de nós, mas ele vive ao lado do guerreiro mais corajoso, aquele que enfrenta qualquer coisa. Vamos, todos, continuar fechando nossos capítulos que compõem nossos contos de fadas. E que sejamos a melhor versão de nós mesmos.

<3

                

Um bom domingo para todos,
com carinho e dedicação,

Bru Gomes