Eu
fui sozinha sim, sem conhecer nada nem ninguém, mas fui preparada. Tudo foi
planejado com antecedência (dica para pagar menos) numa agência de intercâmbios
da minha cidade natal (Sorocaba), a Just Intercâmbios (Facebook da Just Intercâmbios)
. Lá, recebi todas as instruções e viajei com tudo esquematizado na minha
cabeça. Desde como pegar o avião até como se fazia para abrir a porta do meu
quarto. É claro que isso não impede que problemas apareçam, mas, te dá uma
segurança.
Apesar
de amar o clima relax de praia, eu optei por morar na bagunça da cidade grande
por motivos de: 1) não tinha mais lugar na praia, confesso e 2) facilidade de
locomoção. E, olha, não me arrependo da escolha, pois, ao se pensar em ir e vir
todos os dias da escola, melhor que se more perto. Vai por mim! A primeira
coisa que você vai pensar em fazer quando quiser economizar um pouquinho pra ir
naquela balada ou passeio é cortar
gastos com ônibus por exemplo. Ou seja, ir a pé para a escola é a primeira
ideia brilhante que virá a sua mente – e
é bom viu! Te faz conhecer mais lugares, desenvolve seu senso de
localização e, de quebra, você faz um exercício físico pra queimar tanto fast
food que você vai comer!
Optei,
também, por morar numa acomodação estudantil e não em casa de família, mas aí é
uma opção bem pessoal mesmo. Conheço pessoas que preferem muito mais morar com
uma Host Family. Tudo depende do que faz te sentir melhor. Tem gente que se
sente mais segura numa casa de família e tem quem prefira, como eu, a
independência de morar sozinha.![]() |
| (Link2 era uma graça! Limpeza semanal e um “manager” gente boa que me explicou até como usar a máquina de lavar!) |
A Residência Estudantil que eu
morava chama-se Link2 (Site da residência Estudantil). Eu a encontrei em meio a diversas moradias que a ELS, a escola, indica para os estudantes estrangeiros. Para quem não
sabe, Residência Estudantil é basicamente um apartamento (neste caso. Pois existem casas que também servem de residência
estudantil; e pode-se dizer que é uma espécia de república, só que um pouco mais
organizada, limpa e silenciosa) com vários quartos e
áreas comuns como cozinha, sala e lavanderia. Lá só moram estudantes
estrangeiros. A maioria era jovem, mas eu, por incrível que pareça, era uma das
mais novas tanto em casa quanto na escola (a
faixa etária era dos 20 aos 25 anos). Apesar de constatar que estrangeiros não são tão calorosos na
recepção e no dia a dia quanto os brasileiros, eu aprendi muito
sobre respeitar o jeito e o espaço do outro, sobre viver em comunidade e isso
com certeza me tornou uma pessoa mais cabeça aberta, paciente e gentil.
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| A Link2 é bem nessa esquina do Bar da Broadway (é um lugar tranquilo pertinho da Central Station) |
Meu quarto era
duplo e a rotatividade nas residências é grande (apesar de tudo ser extremamente organizado,
com hora e aviso prévio de quem chegaria para dividir o quarto comigo).
Tive uma roommate (ou flatmate = ”companheiros de quarto”)
italiana, uma indiana e uma brasileira. A mineira Tatry
foi minha irmã mais velha na Austrália e foi uma alegria imensa conhecê-la.
Minha companheira de caminhada até a escola e de fábrica de pizza na hora da
janta (piada interna!! hahaha). Outro amigo que
fiz na Link2 foi o suíço Pascal. Ele ficou de janeiro à abril, totalizando 13
semanas na Austrália (10 delas estudando
inglês também na ELS e as 3 últimas viajando). Pascal topou ser meu “Special Guest” (convidado especial) da
semana para compartilhar com vocês um pouquinho da experiência que ele teve lá.
Beatriz: Por que Austrália?
Pascal: “Isso é muito fácil. Eu estava à procura de um país onde o clima
fosse agradável e quente durante a época do ano que eu fui. Eu também sabia que
a Austrália seria um lugar fantástico para viajar.”
Pascal disse
também que a coisa mais difícil foi ter que deixar amigos e familiares para
trás. Ele ficava imaginando como tudo seria sem eles e dá uma dica bacana para
quem acha que vai morrer de tanta saudade. "É importante ter a mente aberta para novas
amizades e viajar é uma excelente oportunidade para fazer amigos do mundo todo.
Além disso, manter contato com seus familiares pode tornar tudo mais fácil. Saber
desfrutar momentos incríveis em um país incrível faz tudo valer a pena. Pode ter certeza,
que, assim que você voltar para seu pais, todo dia sentirá falta do que viveu”
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| Eu, Tatry e Pascal! |
**Obrigada, Pascal, pela participação especial aqui no Blog da Bru!**
A escola, como disse brevemente no
post anterior (pra quem
não viu, está AQUI), tinha uma ótima localização, era bem organizada e os professores, excelentes!
Mesmo! Eu ia super feliz para a aula (sim,
isso é possível! E não tão difícil quando se está na Austrália, né?). Conheci
pessoas do mundo inteiro e treinei bastante meu inglês.
Meu primeiro dia
foi muito bacana. Eu fiz prova escrita, oral e uma entrevista para saber em
qual nível iria cair. Existem diversos níveis e, de acordo com o que você já
sabe do inglês e do seu objetivo de estar ali, parece que a aula foi feita
especialmente para você. Toda semana abre uma “nova classe” dos níveis de
General English, então, durante o ano todo você pode entrar no curso, na semana
que você quiser (não tem uma data única
de inicio de curso como, por exemplo, começo e meio do ano sabe?).
O transporte até
a escola era geralmente ônibus, mas às vezes eu ia a pé mesmo (quando não acordava atrasada – é, não é
fácil se acostumar com um fuso horário de 12 horas! No começo eu parecia um
morcego). Vale ressaltar
que o transporte público lá era impecável (deve ser mania de
brasileiro ficar tão deslumbrado, porque infelizmente sabemos que aqui no Brasil
o transporte publico é horrível). Tudo bem sinalizado me ajudou muito a
aprender a me localizar. Mas uma dica boa é andar SEMPRE com o mapa do lugar, em
alguns momentos só ele pode te salvar! E ele também vai te fazer encontrar
lugares incríveis para visitar que você nem imaginava que existia. Lá na Austrália
eu percebi que a maioria da população usa os transporte público e, além disso, notei que não se vê motos nas ruas. Há muitos pedestres também e outras opções de locomoção
que valem a pena só pela visita, como no caso do trem (que tem 3 andares!) e do
Ferry Boat, que te leva até a praia.
O transporte não
é tão barato. Por isso, uma opção para quem vai usar muito ônibus, trem ou ferry (ou todos), é comprar o cartão
que chama My Bus, My Train, My Ferry ou My Multi. São várias opções em que você pode comprar para uma semana, um mês e até um
ano. Eles também variam em 1, 2 e 3 e o
preço depende da área que o transporte cobre. Por exemplo: para ir às praias
mais distantes, só era permitido o My Bus 2, que era um pouco mais caro. Eu comprava o My
Bus semanal para ir à escola, que custava em torno de 21 dólares australianos,
pois compensava mais do que comprar os “singles” todos os dias (que custava em
torno de 4 dólares).
O post de semana que vem trará uma aventura
inesquecível que eu tive na Austrália!
Continuem acompanhando!
Mil beijos,
Bia Meirelles













excelentes dicas :d
ResponderExcluiradorei mais esse post Bia!
bj pra vc e pra Bruna tb :g