Acomodação, escola e transporte, por Beatriz Meirelles

16 abril 2014

Eu fui sozinha sim, sem conhecer nada nem ninguém, mas fui preparada. Tudo foi planejado com antecedência (dica para pagar menos) numa agência de intercâmbios da minha cidade natal (Sorocaba), a Just Intercâmbios (Facebook da Just Intercâmbios) . Lá, recebi todas as instruções e viajei com tudo esquematizado na minha cabeça. Desde como pegar o avião até como se fazia para abrir a porta do meu quarto. É claro que isso não impede que problemas apareçam, mas, te dá uma segurança.
Apesar de amar o clima relax de praia, eu optei por morar na bagunça da cidade grande por motivos de: 1) não tinha mais lugar na praia, confesso e 2) facilidade de locomoção. E, olha, não me arrependo da escolha, pois, ao se pensar em ir e vir todos os dias da escola, melhor que se more perto. Vai por mim! A primeira coisa que você vai pensar em fazer quando quiser economizar um pouquinho pra ir naquela balada ou passeio  é cortar gastos com ônibus por exemplo. Ou seja, ir a pé para a escola é a primeira ideia brilhante que virá a sua mente –  e é bom viu! Te faz conhecer mais lugares, desenvolve seu senso de localização e, de quebra, você faz um exercício físico pra queimar tanto fast food que você vai comer!
Optei, também, por morar numa acomodação estudantil e não em casa de família, mas aí é uma opção bem pessoal mesmo. Conheço pessoas que preferem muito mais morar com uma Host Family. Tudo depende do que faz te sentir melhor. Tem gente que se sente mais segura numa casa de família e tem quem prefira, como eu, a independência de morar sozinha.


(Link2 era uma graça! Limpeza semanal e um “manager” gente boa que me explicou até como usar a máquina de lavar!)

A Residência Estudantil que eu morava chama-se Link2 (Site da residência Estudantil). Eu a encontrei em meio a diversas moradias que a ELS, a escola, indica para os estudantes estrangeiros. Para quem não sabe, Residência Estudantil é basicamente um apartamento (neste caso. Pois existem casas que também servem de residência estudantil; e pode-se dizer que é uma espécia de república, só que um pouco mais organizada, limpa e silenciosa) com vários quartos e áreas comuns como cozinha, sala e lavanderia. Lá só moram estudantes estrangeiros. A maioria era jovem, mas eu, por incrível que pareça, era uma das mais novas tanto em casa quanto na escola (a faixa etária era dos 20 aos 25 anos). Apesar de constatar que estrangeiros não são tão calorosos na recepção e no dia a dia quanto os brasileiros, eu aprendi muito sobre respeitar o jeito e o espaço do outro, sobre viver em comunidade e isso com certeza me tornou uma pessoa mais cabeça aberta, paciente e gentil.

A Link2 é bem nessa esquina do Bar da Broadway (é um lugar  tranquilo pertinho da Central Station)

Meu quarto era duplo e a rotatividade nas residências é grande (apesar de tudo ser extremamente organizado, com hora e aviso prévio de quem chegaria para dividir o quarto comigo). Tive uma roommate (ou flatmate = ”companheiros de quarto”)  italiana, uma indiana e uma brasileira. A mineira Tatry foi minha irmã mais velha na Austrália e foi uma alegria imensa conhecê-la. Minha companheira de caminhada até a escola e de fábrica de pizza na hora da janta (piada interna!! hahaha). Outro amigo que fiz na Link2 foi o suíço Pascal. Ele ficou de janeiro à abril, totalizando 13 semanas na Austrália (10 delas estudando inglês também na ELS e as 3 últimas viajando). Pascal topou ser meu “Special Guest” (convidado especial) da semana para compartilhar com vocês um pouquinho da experiência que ele teve lá.



Beatriz: Por que Austrália? 
Pascal: Isso é muito fácil. Eu estava à procura de um país onde o clima fosse agradável e quente durante a época do ano que eu fui. Eu também sabia que a Austrália seria um lugar fantástico para viajar.”

Pascal disse também que a coisa mais difícil foi ter que deixar amigos e familiares para trás. Ele ficava imaginando como tudo seria sem eles e dá uma dica bacana para quem acha que vai morrer de tanta saudade. "É importante ter a mente aberta para novas amizades e viajar é uma excelente oportunidade para fazer amigos do mundo todo. Além disso, manter contato com seus familiares pode tornar tudo mais fácil. Saber desfrutar momentos incríveis em um país incrível faz tudo valer a pena. Pode ter certeza, que, assim que você voltar para seu pais, todo dia sentirá falta do que viveu”

Eu, Tatry e Pascal!

**Obrigada, Pascal, pela participação especial aqui no Blog da Bru!**

A escola, como disse brevemente no post anterior (pra quem não viu, está AQUI),  tinha uma ótima localização, era bem organizada e os professores, excelentes! Mesmo! Eu ia super feliz para a aula (sim, isso é possível! E não tão difícil quando se está na Austrália, né?). Conheci pessoas do mundo inteiro e treinei bastante meu inglês. 


Meu primeiro dia foi muito bacana. Eu fiz prova escrita, oral e uma entrevista para saber em qual nível iria cair. Existem diversos níveis e, de acordo com o que você já sabe do inglês e do seu objetivo de estar ali, parece que a aula foi feita especialmente para você. Toda semana abre uma “nova classe” dos níveis de General English, então, durante o ano todo você pode entrar no curso, na semana que você quiser (não tem uma data única de inicio de curso como, por exemplo, começo e meio do ano sabe?).


O transporte até a escola era geralmente ônibus, mas às vezes eu ia a pé mesmo (quando não acordava atrasada – é, não é fácil se acostumar com um fuso horário de 12 horas! No começo eu parecia um morcego). Vale ressaltar que o transporte público lá era impecável (deve ser mania de brasileiro ficar tão deslumbrado, porque infelizmente sabemos que aqui no Brasil o transporte publico é horrível). Tudo bem sinalizado me ajudou muito a aprender a me localizar. Mas uma dica boa é andar SEMPRE com o mapa do lugar, em alguns momentos só ele pode te salvar! E ele também vai te fazer encontrar lugares incríveis para visitar que você nem imaginava que existia. Lá na Austrália eu percebi que a maioria da população usa os transporte público e, além disso, notei que não se vê motos nas ruas. Há muitos pedestres também e outras opções de locomoção que valem a pena só pela visita, como no caso do trem (que tem 3 andares!) e do Ferry Boat, que te leva até a praia.


O transporte não é tão barato. Por isso, uma opção para quem vai usar muito ônibus,  trem ou ferry (ou todos), é comprar o cartão que chama My Bus, My Train, My Ferry ou My Multi. São várias opções em que você pode comprar para uma semana, um mês e até um ano. Eles também variam em 1, 2 e 3 e o preço depende da área que o transporte cobre. Por exemplo: para ir às praias mais distantes, só era permitido o My Bus 2, que era um pouco mais caro. Eu comprava o My Bus semanal para ir à escola, que custava em torno de 21 dólares australianos, pois compensava mais do que comprar os “singles” todos os dias (que custava em torno de 4 dólares).




O post de semana que vem trará uma aventura inesquecível que eu tive na Austrália! 
Continuem acompanhando! 
Mil beijos,
Bia Meirelles

Um comentário:

  1. Ana Cláudia Videira Feriancic16 de abril de 2014 às 20:26

    excelentes dicas :d
    adorei mais esse post Bia!
    bj pra vc e pra Bruna tb :g

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