Politicamente correto é o novo preto - por Júlia Groppo

14 outubro 2015
Foto: weheartit.com

Ontem mesmo estava navegando pelo site da Glamour na sessão Listas da Môni, escrita pela diretora de redação da revista, Mônica Salgado, e me deparei com esse post aqui. ''Top 15 coisas que mostram que eu sou HUMANA'', dizia o título. Mônica me fez parar por cinco minutos, em um dia corrido, para refletir sobre o assunto. Hoje em dia, as pessoas estão muito preocupadas em estarem certas o T E M P O T O D O, não é?! Parece que ter algum defeito é sinônimo de fraqueza, preguiça ou desmotivação, quando, na verdade, defeitos são características intrínsecas ao ser humano. Ai de quem sentir ciúmes do namorado(a), é porque não confia o suficiente e não sabe viver um relacionamento moderno. Coitado daquele que emanar ''energias ruins'' em um dia difícil de sua vida, não servirá para ficar perto de muitos, já que não vai agregar muita coisa. Tenho pena mesmo daquele que admite ser intolerante, sentir raiva de quem ama e também ter inveja de fulano ou ciclano, pois, segundo essas pessoas, esse certamente é o ET que não merece estar entre nós. Será mesmo?
Admiro pessoas que simplesmente se aceitam e não tentam estar certas 100% do tempo. ETs somos nós, ao fingirmos a perfeição, quando, na verdade, ela não existe. Que preguiça dessa galera que acha que é errado ter defeito. Isso não te torna uma pessoa ruim ou desmerecedora de algo, pelo contrário, nossas sombras que nos perseguem fazem parte do que somos. O segredo, acredito eu, está no equilíbrio entre nossas qualidades e nossos defeitos.
Imaginem só se eu tivesse que me esforçar para esconder meus principais defeitos - que, às vezes, são também grandes características que me tornam mais humana e, quem sabe, única. Falar demais e muitas vezes não saber escutar quem precisa; ser desesperada e não conseguir enxergar uma situação tal qual ela é, mas sempre pior; ser imediatista, e me esquecer que, na vida, muita coisa só vem com o tempo; ser ''oito ou oitenta'', sem lembrar que equilíbrio é a palavra chave para que as coisas funcionem; cobrar demais de mim mesma, sem pensar no quão mal isso pode me fazer (e faz). Eu passaria a minha vida toda tentando escondê-los, mas sem sucesso, porque, no fim das contas, esses sentimentos precisam ser colocados pra fora para que sejam superados.
Como a própria Mônica diz: ''cansei muito desse politicamente corretismo que tomou conta do mundo''. Bate aqui, Môni! É importante sermos quem REALMENTE SOMOS da janela pra fora também.
E você? O que te torna humano?
Beijos, beijos
Júlia Groppo

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