O oxigênio para a alma - por Júlia Groppo

09 setembro 2015

Foto: Júlia Groppo
Quem me conhece de verdade, sabe do meu amor pelos livros. Quer me deixar feliz? Me indique algum bom, me leve para passear em uma livraria nova ou então me informe sobre os bazares que vão acontecer nos próximos finais de semana. Livros por apenas cinco ou dez reais? Custo-benefício dos bons. Sebo? Para mim, é point! Dentre as coisas que mais me fazem feliz, está um bom livro. Dentre os meus programas preferidos, ouso dizer que um dia chuvoso, um chocolate bem quente e uma cama desarrumada é o que me convém. A cama, provavelmente, continuará desarrumada. Mas, dentro de mim, as coisas farão muito mais sentido.
É nos livros que encontro minha calmaria, algumas das respostas para as minhas perguntas e também conselhos de ouro. É também nos livros que me identifico com personagens, me perco dentro das histórias e acabo me encontrando nos conselhos de Martha Medeiros à Zygmunt Bauman. Cada livro é único, mas há inúmeras interpretações que podem ser feitas de uma mesma obra literária. Aí que está a beleza: um livro pode ter diferentes significados para cada uma das pessoas que agarram a chance de se aventurar por cada página. Um livro pode também ajudar as pessoas de formas completamente diferentes. A história nunca muda. A perspectiva sobre ela, sim.
Um livro vive com você. Carrega as marcas do café que você derramou num dia difícil e desastroso e também tem um capítulo todo defasado devido à chuva que você tomou naquele dia de correria. Ele estava lá, debaixo do seu braço, quando você recebeu uma notícia incrível; estava na sua bolsa enquanto você realizava uma entrevista de emprego e também permaneceu por muito tempo na sua estante, embelezando o seu quarto, o seu viver e a sua vida. Ele já te fez perder a hora de um compromisso, pela ânsia de terminá-lo; já te ajudou a distrair a cabeça num dia complicado. Você pode olhar em volta e não enxergar ninguém por perto, mas se estiver acompanhado de um bom livro, jamais estará sozinho de fato. Muitas vezes, um livro pôde me entender e me ajudar bem mais que as pessoas.
Em minha humilde opinião, a vivacidade é diretamente proporcional à quantidade de espaço que um livro tem em sua vida. Um em especial, vários de uma vez, um trecho por dia. Ler deveria ser como respirar, só que com os olhos, cabeça e coração. Ambos BEM abertos - cada qual a sua maneira.
Eu leio, tu lês, ele lê. Logo, eu vivo, tu vives, ele vive.
Beijos, beijos
Ju Groppo

2 comentários:

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