Jornalismo e Literatura: Nos pés da Juliana

28 maio 2015
Juliana Manara, dona dos calçados Berties, em visita à PUC-Campinas.

Não sei quando exatamente a jornalista, artista e fotógrafa Juliana Manara, de 32 anos, me encontrou por aí, em alguma estante, de alguma loja em Londres. Mas eu sabia que, pertencendo a ela, viveria grandes aventuras pelas ruas de Londres, Brasil e alguns outros países também. Sou do tipo Loafers, da marca Berties, feito de camurça verde-militar e minha numeração, aqui em Londres, é 6 (no Brasil, Juliana me contou que sou número 36). Os especialistas em moda garantem que minha cor está em alta e que as franjas que possuo como ornamento são uma referência ao Boho, uma mistura de estilo boêmio e hippie que ficou popular nas décadas de 60 e 70, em Londres, mais especificamente no bairro Soho.
Foi depois de se formar em Jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas que a campineira Juliana decidiu partir para uma jornada diferente e foi tentar fazer a vida na Europa. Após finalizar seu trabalho de conclusão do curso, que se tratava de um livro de fotografias sobre as crianças indianas e suas relações com o Rio Ganges, na Índia, Juliana decidiu ir até a Bahia, produzir outra série de fotos com as crianças da região. Ela mal sabia que, futuramente, essas fotos lhe renderiam um prêmio e diversas oportunidades em sua carreira profissional.
Primeiro, em 2009, morou em Paris. Foi aceita na Escola Internacional de Fotografia para estudar fotojornalismo, mas tudo mudou quando se descobriu mais artista, do que qualquer outra coisa. E foi morar em Londres, no ano seguinte, após receber um convite para abrir um estúdio de fotografia na cidade. Atualmente, após sete anos na Europa, mora em um apartamento antigo na cidade da rainha e faz da sua sala de estar um depósito de equipamentos necessários para que ela produza suas montagens e fotografias. Em seu currículo, é possível encontrar participações em mostras reconhecidas no mundo da arte e também fotos publicadas em revistas, livros e sites renomados como Harper’s Bazaar, Photo Vogue Italia, Sony International Photography Awards Book, entre outros.
Hoje, ando com ela principalmente durante as viagens que faz para promover seus trabalhos, suas fotografias e sua “fine art”, como ela mesma define. Já passeamos por muitos cantos desse vasto mundo, mas eu gostei mesmo é de conhecer o lugar de onde ela saiu. Mesmo tímida, Juliana Manara acordou hoje, pela manhã, do dia 26 de maio, na casa de seus pais em Alphaville, escolheu uma camisa jeans, combinou com uma calça jeans preta e me calçou. Estava decidida a passar de maneira mais clara sua mensagem e seu incentivo, para que esses alunos que estivessem a ouvindo saíssem da sala 800, no Campus 1, da PUC-Campinas, com mais vontade de trilhar os caminhos da profissão que escolheram. Segundo ela mesma: “Tem que amar o que faz, porque, se não amar, alguém vai fazer um trabalho melhor que o seu”.

Por Bruna Gomes

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