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| Juliana Manara, dona dos calçados Berties, em visita à PUC-Campinas. |
Não sei quando exatamente a jornalista, artista e
fotógrafa Juliana Manara, de 32 anos, me encontrou por aí, em alguma estante,
de alguma loja em Londres. Mas eu sabia que, pertencendo a ela, viveria grandes
aventuras pelas ruas de Londres, Brasil e alguns outros países também. Sou do
tipo Loafers, da marca Berties, feito de camurça verde-militar e minha
numeração, aqui em Londres, é 6 (no Brasil, Juliana me contou que sou número
36). Os especialistas em moda garantem que minha cor está em alta e que as
franjas que possuo como ornamento são uma referência ao Boho, uma mistura de
estilo boêmio e hippie que ficou popular nas décadas de 60 e 70, em Londres, mais
especificamente no bairro Soho.
Foi depois de se formar em Jornalismo pela Pontifícia
Universidade Católica de Campinas que a campineira Juliana decidiu partir para
uma jornada diferente e foi tentar fazer a vida na Europa. Após finalizar seu
trabalho de conclusão do curso, que se tratava de um livro de fotografias sobre
as crianças indianas e suas relações com o Rio Ganges, na Índia, Juliana
decidiu ir até a Bahia, produzir outra série de fotos com as crianças da
região. Ela mal sabia que, futuramente, essas fotos lhe renderiam um prêmio e
diversas oportunidades em sua carreira profissional.
Primeiro, em 2009, morou em Paris. Foi aceita na Escola
Internacional de Fotografia para estudar fotojornalismo, mas tudo mudou quando
se descobriu mais artista, do que qualquer outra coisa. E foi morar em Londres,
no ano seguinte, após receber um convite para abrir um estúdio de fotografia na
cidade. Atualmente, após sete anos na Europa, mora em um apartamento antigo na
cidade da rainha e faz da sua sala de estar um depósito de equipamentos
necessários para que ela produza suas montagens e fotografias. Em seu
currículo, é possível encontrar participações em mostras reconhecidas no mundo
da arte e também fotos publicadas em revistas, livros e sites renomados como
Harper’s Bazaar, Photo Vogue Italia, Sony International Photography Awards Book,
entre outros.
Hoje, ando com ela principalmente durante as viagens que
faz para promover seus trabalhos, suas fotografias e sua “fine art”, como ela
mesma define. Já passeamos por muitos cantos desse vasto mundo, mas eu gostei
mesmo é de conhecer o lugar de onde ela saiu. Mesmo tímida, Juliana Manara
acordou hoje, pela manhã, do dia 26 de maio, na casa de seus pais em
Alphaville, escolheu uma camisa jeans, combinou com uma calça jeans preta e me calçou.
Estava decidida a passar de maneira mais clara sua mensagem e seu incentivo,
para que esses alunos que estivessem a ouvindo saíssem da sala 800, no Campus
1, da PUC-Campinas, com mais vontade de trilhar os caminhos da profissão que
escolheram. Segundo ela mesma: “Tem que amar o que faz, porque, se não amar,
alguém vai fazer um trabalho melhor que o seu”.
Por Bruna Gomes





Ai que tudo esse texto!!!!! Do ponto de vista do sapato!!! Parabéns
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