Sobre o meu Trabalho de Conclusão de Curso

18 junho 2015
Foto: Bruna Gomes (Instagram: @blogdabru)

Ontem estava escrevendo a conclusão final do meu anteprojeto e aí achei legal falar um pouco sobre meu trabalho aqui, porque algumas pessoas, principalmente quem está prestando vestibular, não fazem ideia do que se trata esse trabalho. Tem gente que acha que só é necessário completar as horas de estágio para se formar.
Bom... Meu curso é dividido em oito semestres e tem, aproximadamente, 50 disciplinas ao longo dos quatro anos. No penúltimo semestre, nos temos aulas todos os dias e apenas uma delas é chamada de Introdução ao Projeto Experimental, na qual nós temos que dar início ao projeto que colocaremos em prática no próximo semestre. 
Nós somos orientados quanto às normas e sobre o passo a passo para a produção do TCC. É aí que o aluno entra com as ideias e sugestão de temas. Ele também deve decidir qual a modalidade que pretende seguir. 

Elas são divididas assim: jornalismo impresso (jornal, revista, suplemento e grande-reportagem); jornalismo radiofônico (documentário, programa de rádio, série de reportagens ou web-rádio); jornalismo tv/vídeo (reportagem especial, documentário, programa de TV, série de reportagens, além de suas variações para a internet); jornalismo empresarial (elaboração de plano de assessoria de imprensa destinado a organizações ou personalidades); livro-reportagem (produção e edição de grande-reportagem ou coletânea de perfis agrupados sob um mesmo tema, no formato livro, podendo ser impresso ou digital); monografia (trabalho acadêmico que tem por objetivo a reflexão de um tema/problema, por meio um processo de investigação sistemática sobre o campo da comunicação, com ênfase em jornalismo); jornalismo multimídia (produção jornalística em suportes digitais); fotojornalismo/ensaio (trabalho de fotojornalismo ou fotodocumentário, podendo ser apresentado em suporte impresso (livro/exposição) ou digital);

Para conseguir formatar a ideia do meu trabalho foi uma longa caminhada. O primeiro projeto que eu tinha em mente era um livro-reportagem sobre a reciclagem de tendências no processo de produção da moda brasileira, que seria desfilada na 39ª edição do São Paulo Fashion Week. No entanto, apesar da intensa tentativa de conseguir algumas fontes para as entrevistas, nenhuma das pessoas que eu estava tentando contatar aceitou concedê-las. Em geral, eram estilistas conhecidos e jornalistas de moda que eu havia escolhido para que fizessem parte do livro. 
No final de abril, resolvi mudar a modalidade e me rendi à monografia. A grande decisão foi tomada, principalmente, porque, mesmo que não houvesse um livro, ainda assim eu escreveria sobre moda. E era esse o objetivo desde o começo. Também, eu não queria formar grupo. Praticamente todos os trabalho da faculdade foram em grupo e, dessa vez, queria ver até onde eu consigo chegar pelos meus próprios pés. Não quero nem poder ter a chance de me acomodar e quero, de verdade, colocar a cabeça para pensar e produzir o meu próprio conteúdo.
Formatei algumas possíveis ideias para a monografia e a que se tornou mais viável, prática e honesta foi o estudo sobre as coberturas do maior evento de moda no Brasil pelos dois jornais mais importantes no Estado de SP. 
O processo até aqui foi bem tranquilo. Eu já estava habituada a ler muito sobre o assunto e já tinha alguns dos livros mais importantes que seriam usados, então dei início à leitura deles. Talvez a maior dificuldade tenha aparecido na adequação da linguagem correta em monografias e trabalhos acadêmicos, pois não estava acostumada com ela. 
Acredito que aprendi muito sobre o processo de pesquisa, sobre a arte de pesquisar. Aprendi que um jornalista será sempre um pesquisador, pois toda e qualquer notícia, reportagem ou qualquer conteúdo jornalístico, necessita da pesquisa para ser produzido. E que a moda pode e deve ser estudada e mais valorizada, portanto ela será meu objeto de estudo por muito tempo, se tudo seguir como desejo.
Com relação a isso, gostaria de enfatizar que a moda ainda não é bem vista dentro do jornalismo. Não sei bem os motivos; acho que consideram um assunto fútil e sem importância. Mas eu discordo. Claro. Se não discordasse, não estaria aqui ainda, lendo, pesquisando, indo para Londres estudar... Acho que a moda reflete a sociedade atual e, mais que isso, reflete o que a gente é por dentro. As roupas, acessórios, coisas do tipo, são usadas, justamente, para expressar o que somos por dentro, o que sentimos. Mas isso é assunto para outro post...

2 comentários:

  1. Muito bom!
    Bruna, como sempre, está escrevendo muito bem. Eu fico impressionada, não por você, porque sei que lê muito (e é preciso muita leitura para escrever bem), mas pela quantidade de blogs que leio às vezes com uma qualidade de escrita bem inferior. Ruim para eles, bom para quem faz direito. Parabéns mesmo. Vira colunista! Rs.
    Boa sorte no TCC. Já fiz dois, o terceiro vai demorar mais um pouquinho.. :)
    Beijos

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    Respostas
    1. 1º: que foto linda!!! amei essa sua do perfil
      2º: Que amor, Na! Obrigada!!! Me esforço muito pra ler sempre e melhorar meu texto.
      3º: vai dar tudo certo no TCC, se Deus quiser!! muito obrigada pela força!
      4º: sério que você já fez dois???? não creio!!! Me conta sobre eles!!
      beijos beijos!!
      Amo ver você sempre aqui!
      Um beijo,
      Bru

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