Sobre as sogras que eu tive e as que não tive também

11 junho 2015
Embora seja véspera de Dia dos Namorados, queria falar sobre as sogras que já tive ou que quase tive. Não que os sogros tenham merecido menos ou significado menos para mim, mas, em todos os casos, sempre me afeiçoei mais a elas. Tive a sorte de ter conhecido mulheres fortes, decididas e que cuidavam da família com tanto afinco, que eu acabava entrando na dança e sendo bem cuidada também. 
A primeira delas talvez tenha sido a que eu passava mais tempo junto. Assistíamos televisão juntas, preparávamos a mesa do almoço, saíamos fazer compras no mercado ou padaria, também íamos jantar, mas, principalmente, conversávamos muito. 
Eu ainda era muito criança para entender as coisas que envolvem um relacionamento, o meu namorado da época também. E, justamente por isso, namoramos por certo tempo e terminamos tudo, como se fosse tragédia grega. Ah, e como eu chorei... Eu chorava e achava que nunca mais encontraria um namorado ou qualquer menino que gostasse de mim. Achava que havia perdido "o cara", quando tinha mesmo era perdido a melhor sogra que eu poderia ter. Era uma amiga, uma protetora e até hoje, quando nos encontramos por aí, somos duas pessoas mais felizes. Tenho certeza que ela se sente assim também. 
A segunda sogra foi a que talvez eu tenha tido menos contato em relação as outras. Mas não menos importante. Nunca havia namorado um menino tão correto, tão responsável. Claro que não éramos perfeitos, e nem podia ser assim no alto de nossos dezesseis ou dezessete anos. Éramos jovens e por isso eu muito me impressionava com a postura do menino mais bonito que eu já havia conhecido. 
Tudo isso era "culpa" de sua mãe, que o havia ensinado tudo o que ele precisava saber para entender que a vida não era só brincadeira. Tinha que ter estudo, tinha que ter trabalho, tinha que ter responsabilidade. Foi essa segunda sogra que tirou tarô para mim. E eu nunca me esqueci dos resultados e do que diziam as cartas. 
Ela, toda mística e espirituosa, encheu a minha vida de mais esperança. Esperança de encontrar mais garotos responsáveis e maduros, como o filho dela. Esperança, como assim ela previu nas cartas, de que eu encontraria a minha alma gêmea, embora ela não pudesse garantir que essa alma gêmea seria o filho dela.
Minha terceira sogra. A mais durona, a mais bonita, a mais coruja. Não que as outras não fossem nada disso. Muito pelo contrário! Mas ela era mais! Eu não conseguia entender qual era o segredo que ela tinha e que conseguia botar ordem na casa com tanta propriedade. E eu duvido que ela achasse que mandava tanto assim. No entanto, eu nunca tive dúvidas. O tempo que passei ao seu lado, aprendi diversas coisas, mas o mais importante, talvez, tenha sido relacionado ao auto-controle. O mundo podia estar desabando, os problemas se multiplicando, e, mesmo assim, ela estava lá, de costas bem posicionadas, sem perder a compostura, ganhando as pequenas batalhas do dia a dia, em sua casa que tanto suou para conquistar. 
Infelizmente, não posso levar todas elas para sempre ao longo de minha jornada. Mas nunca vou me esquecer de cada uma; até das que não chegaram a ser sogras, mas que eu gostaria muito que tivessem sido. São minhas (quase) mães; minhas mães postiças quando a minha própria não podia estar por perto (posso imaginar que a figura de cada uma tenha trazido um pouco de tranquilidade para a minha mãe em determinados momentos). 
A minha homenagem hoje tem o objetivo puro e simples de agradecê-las. 
Obrigado por terem cruzado o meu caminho, por me inserirem na família de vocês mesmo que por pouco tempo. 
Nunca, nunca vou me esquecer!

weheartit.com

Feliz dia dos namorados para cada um de vocês que ama verdadeiramente! 

Um comentário:

  1. Você teve mais sorte que eu.... Minha sogra infelizmente é falha como sogra, como mãe e como avó... que pena!! Mas eu tenho fé nas pessoas e ela está sempre nas minhas orações...

    Ana P.

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