Sobre medos, amigos e nós mesmos, por Mayra Castro

30 abril 2014

Meu maior pavor da vida sempre foi a solidão. Sempre. Não aquele medo de ficar sozinha em casa ou de dormir num quarto escuro e sem companhia. Não essa solidão, e sim aquela de se ver só nos piores momentos, dos finais de tarde dos domingos. A falta de um alguém pra chamar de seu, sabe? Por anos vivi à sombra desse medo. E aquela história de que quanto mais a gente procura, mais difícil fica pra achar, até chegou a me fazer algum sentido. Mas sempre preferi acreditar naquela teoria de “O segredo”, que defende a ideia de que quanto mais você quer, quanto mais você deseja alguma coisa, o universo conspira ao seu favor e "tcharam"! Dá certo!
Não sou casada, não tenho noivo, nem namorado. Moro com a minha mãe e com meu irmão e o meu 2014 começou de uma forma um tanto quanto conturbada. No meio do maior turbilhão de emoções que eu passei em toda a minha vida (sem exageros), muitas coisas me apavoravam. Tudo o que é novo aos nossos olhos e à nossa rotina, sempre assusta. As situações novas, os desafios, assustadores, mas do jeito que tudo isso veio pra mim, eu não estava preparada. Às vezes acredito que ainda não estou. Um belo dia me vi sem rumo, perdida, sem saber pra onde correr, o que fazer, como reagir... Em plena sincronia com tudo isso, o meu mais antigo medo me assombrava com mais força do que nunca. E com a mesma intensidade, ou melhor, com uma intensidade infinitamente maior, eu desejei não estar sozinha. Foi exatamente como aconteceu.
Quando percebi, estava rodeada pelas melhores pessoas. Cercada das melhores atenções, dos melhores carinhos, das melhores amizades. Pude descobrir uma das melhores verdades que se tem nessa vida: quem tem amigos, tem tudo. Atemporal e incondicional, amizades verdadeiras vivem por muito tempo. Para qualquer situação, em qualquer momento, eles estão ali para te amparar nos momentos de fraqueza, para te ajudar a levantar, para rir com você, chorar com você, para te fazer companhia nos domingos mais cinzentos, para te dar o melhor abraço do mundo.
Os medos existem. Por mais romântica e fantasiosa que eu possa ser, sei da dura realidade a qual estamos sujeitos. Mas, para colorir um pouco nossa vida, sempre guardo um punhado de canetinhas embaixo da cama e alguns (raros, mas verdadeiros) amigos no coração. É... Eu prefiro acreditar nisso. Assim, desse jeito: queira, deseje, almeje. Não há força maior no mundo do que nós e nossos sentimentos aliados aos mais fortes e invencíveis soldados: nossos amigos.
Por Mayra Castro

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