Hoje eu vou compartilhar com vocês algumas aventuras australianas. Começando com o fim de semana mais incrível que eu já tive: o Surf Camp!
Numa praia linda chamada Seven Mile Beach, há duas horinhas da big city Sydney, o “acampamento” (não, eu não dormi em barracas, mas a acomodação era estilo casinha de praia mesmo, uma delicia!) reuniu gente de diversas nacionalidades com um objetivo em comum: aprender a surfar! No facebook do Surf Camp tem várias fotos da galera surfando/caindo/pagando mico, mas tentando. Foram três dias aprendendo a surfar, conhecendo gente nova, provando carne de canguru (não me julguem! Num intercâmbio a gente tem mania de falar que tudo é pela experiência – e tem que ser mesmo), vendo o nascer do sol em frente ao mar, com direito à fogueira e violão. Foram dias inesquecíveis e eu confesso que me apaixonei pelo surf! Não vejo a hora de poder surfar de novo. Esse passeio foi divulgado lá na escola mesmo. Havia um calendário com passeios de fim de semana e com passeios a pontos turísticos da cidade. Tudo sempre com descontos! Os intercambistas agradecem! **Eles oferecem vários tipos de pacote de aulas de surf (vale a pena conferir aqui no site http://surfcamp.com.au/).**
(Videozinho que eles fazem da galera durando todo o fim de semana! Uma ótima recordação!)
Ok, se você não é do tipo que curte
água e gosta mais é de altura, nossa “Special Guest” da vez é uma carioca que vai contar uma experiência
incrível!
A Laura tem 20 anos, é de Niteroi -RJ e se jogou
na primeira aventura (morar em Sydney) há quatro meses e meio. Nos
conhecemos na ELS (a escola de inglês – para os desatualizados confiram os
posts anteriores) e ela se tornou uma grande amiga no
tempo que eu estive por lá. A Laurinha me contou que desde que
começou a planejar sua viagem já cogitava a segunda aventura: pular de
paraquedas. POR QUÊ? Pois lá na Austrália não é preciso ter curso ou
treinamento específico (deferente do Brasil) e por isso, o preço é menor. O skydiving foi um passeio “diferente” que ela encontrou para fazer
com sua amiga Andressa como uma “despedida nas alturas”, já que a amiga estava
indo embora da Austrália. Através do Grupon (acompanhar as ofertas
é uma ótima dica para quem quer economizar!), a Laura achou uma super-mega-promoção
do salto de paraquedas (que baixou de $402,00 para $185,00). O skydiving
é algo que não se tem toda hora e em todo lugar, pois funciona em temporadas, então era uma chance única. Obs: é sempre bom ficar atento à previsão do tempo, quando a atividade depende dele, como neste
caso. Quatro horas de trem e voi là! As meninas chegram à Goulburn para o grande dia. Foi
necessário preencher um formulário e ouvir as instruções para realizar o salto. É legal saber que os instrutores, são todos
profissionais do exército e recordistas de skydiving, o que passa mais segurança para quem vai pular.
Agora, para vocês rirem um pouco da
desgraça alheia... Com vocês: Laura em seu momento de pânico há 13.000 pés de
altura (na íntegra).
Olha aí as caras da Laura:
1) Putz, o que eu vim fazer aqui?!
2) Agora só me resta rezar Ave Maria...
3) Ih! Ferrou mesmo!
"Entramos no avião, eram mais ou menos 10 pessoas com seus
respectivos instrutores, e a partir desse momento eu comecei a me sentir mais
próxima da morte. As pernas ficando dormentes, as mãos suando frio, respiração
falhando... Pensei: pronto, não vai nem dar tempo de morrer em grande estilo,
vou morrer aqui mesmo! É agora que eu tenho um piripaque! Enquanto eu passava
mal de verdade e tremia igual vara verde, a peste do meu instrutor se
aproveitava da minha desgraça para tirar várias fotos, rir muito e ficar me
mostrando o aparelho dele lá que media a altura... O negócio não parava de
aumentar os números e ele só falava: “Estamos subindo, está ficando altooo!”. Comecei a dar aquele chorada de leve pensando na pobre da minha mãe sofrendo
com a perda de uma filha tão jovem, por uma rebeldia da qual ela nem fazia
ideia, tadinha... Comecei a pensar na imbecilidade de pagar para morrer, para
mim era o que eu estava fazendo. Rezei uns dez “Pai Nosso” misturado com “Ave
Maria”, mas nada me acalmava, eu não conseguia nem apreciar a paisagem pela
janela. Aí decidi falar para o meu instrutor que eu não queria mais, mas na verdade eu
não tinha certeza ainda, eu só não estava sabendo lidar com o medo; na dúvida,
eu preferi acreditar que eu não queria, apesar de estar completamente confusa.
Falei: “Oi... Então, querido, estava pensando aqui agora... Eu quero descer. Não quero mais ir não, fofo! Eu não estou me
sentindo muito bem, então vamos deixar para a próxima, ok?!”. Gente, que sacanagem! A única coisa que aquele excomungado me respondeu foi:
“Uhul! That’s our turn! Here we go!” (“Uhul! É a nossa vez! Aqui vamos nós!”)
Depois disso a última coisa que eu vi foi a porta se abrindo e aquele vento absurdo
sugando meu coração para fora. Eu, sinceramente, não sentia mais um mínimo
membro do meu corpo, todos os meus músculos estavam congelados! Ele se
posicionou na porta do avião, eu fiquei pendurada do lado de fora, tiramos mais
uma última foto nessa posição (porque ele não tem a mínima sensibilidade com
uma pessoa em princípio de enfarto), e JÁ ERAAAA! DES-PEN-CA-MOS!”
Depois de toda a tensão Laura disse
que foram 40 segundos de queda livre e mais uns 15 minutos voando com o paraquedas
aberto, cheios de adrenalina: “Vale muito a pena fazer pelo menos uma vez na vida! É uma
mistura de sentimentos que você nunca vai sentir igual em nenhuma outra
situação.” (dica da Laurinha!)
Há também um passeio muito legal
para quem não tem problemas com altura. Estou falando de escalar a linda, famosa e
altíssima ponte: a Harbour Bridge!
Já imaginou ver o pôr ou o nascer
do sol de lá de cima Pois é isso que a aventura promete: uma vista deslumbrante!
E para isso, as escaladas acontecem bem cedinho ou no fim da tarde. ESSE VÍDEO mostra um pouquinho de quem se arrisca nesta aventura!
Por fim, mas não menos importante,
uma outra experiência única que eu tive foi o show do Avicii (é, aquele dj famoso do “heeeeyy brother”). Um parque lindo (o Centennial Park, em Sydney
mesmo), com direito à brinquedo maluco de parque de diversões, muitas vozes, fogos de artifício, chuva de
papel picado, fumaça, e muita animação foi o cenário do show maravilhoso que
ele fez. Maravilhoso porque ele
enlouqueceu o público, de verdade. E tem como não se contagiar com tanta
energia boa solta assim no ar? Tudo que
faz nosso coração bater mais forte já é uma aventura. Com certeza esse dia eu
transbordei emoção em forma de música.
Devo
confessar que devido à vontade louca de querer pular/cantar/dançar/gritar e
filmar tudo ao mesmo tempo, meus vídeos ficaram péssimos. Mas tudo bem, pra
isso que serve o Youtube! Aqui tem um vídeo do nosso (novo) amigo Nadun que
também estava lá e teve a capacidade - que eu não tive - de fazer uma boa
filmagem. Assistam, só pra vocês sentirem a vibe e ficarem com vontade! http://www.youtube.com/watch?v=NTGM2frl7VU
Pra quem quer ficar por dentro dos
festivais de músicas (não só eletrônica) que
rolam lá na Austrália, vale a pena xeretar AQUI.
Bom, a dica mais valiosa que posso dar a vocês é a seguinte: não tenham medo de se arriscar. Não digo se arriscar apenas nos esportes radicais, mas a frase vale pra TUDO, tudo mesmo. Se arrisquem em pegar um ônibus para um lugar desconhecido, mesmo que você se perca, se arrisque em perguntar e conversar, mesmo com 99% de chances de falar bobagens, se arrisque em fazer compra num supermercado sozinha, se arrisque em experimentar de tudo, se arrisque a gostar de coisas novas e diferentes, se arrisque a superar seus medos e anseios, se arrisque em desafiar você mesmo todos os dias. Acredite, é clichê mas é muito melhor se arrepender de algo que você fez do que de algo que deixou de fazer! Qualquer experiência é válida e te trará muitas histórias pra contar e momentos para lembrar. Para quem se sentiu inspirado, vale a pena conferir mais venturas australianas aqui ó: http://www.australia.com/pt-br/explore/itineraries-ideas/adventure-journeys.aspx
Mil beijos e até semana que vem,
com mais paraíso australiano!
Bia Meirelles

















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