Quando achamos que tudo parece
estar perdido, quando pensamos que não vamos recuperar a leveza do dia a dia,
quando pensamos que nada vai ser como antes ou como você gostaria que fosse, é
então que alguma força lá de dentro faz com que a gente ande para frente, sem
olhar para as dores, sem olhar para a angústia. Essa angústia malvada que faz
questão de apertar o coração com as duas mãos e segurar a garganta para que
falte o ar. São nessas situações, em que nos perdemos, que a gente acaba se
encontrando. Viajar pra longe de tudo e de todos, mudar o caminho que fazemos
todos os dias, colocar um batom diferente, usar roupa de primavera no outono e
roupa de outono na primavera. Quem disse que é loucura? O que é a loucura
afinal? O que é que determina que uma dor é maior que a outra? Que uma
felicidade é mais feliz que a outra? Nada disso!
Ninguém pode quantificar o que
a gente sente. Só nós mesmos somos testemunhas dos nossos sentimentos e só nós
mesmos temos os poder de encontrar o caminho adequado. Mesmo que esse caminho
dê voltas por estradas tortuosas e esquisitas, eles podem ser o caminho certo.
Talvez se perder por aí seja um caminho, talvez não. Mas a gente não vai saber
se não tentar.
Me perco em mim mesma, todos os
dias. Faço e refaço caminhos, alguns que eu nem sabia que existiam. Encontro
coisas em mim que eu ainda não havia visto e sei que tudo isso é porque me
perdi. Porque não exigi de mim estar sempre no caminho certo, talvez porque não
haja um de fato. Já achei que não encontraria a luz no fim do túnel incontáveis vezes, chorei até a última lágrima, o ar já sumiu de meus pulmões tantas vezes que até perdi a conta. Mas eu sempre levantei. Eu sempre dei um jeito de encontrar novas possibilidades. Eu sempre depositei toda minha fé na frase "O que é meu tá guardado".
Acho digno se perder para se encontrar e eu rezo todos os dias
para aqueles que não se encontraram ainda, para aqueles que estão na área mais
escura da estrada, que estão se sentindo sozinhos. A essência de tudo está na
honestidade e na fé. A lanterna que faz a gente encontrar o rumo menos obscuro
e mais leve é ser honesto consigo mesmo. Precisamos nos respeitar antes de
tudo. É necessário estar inteiro para ter fôlego e força para caminhar. Porque
se a gente cair, não tem pressa de levantar. E tudo bem se perder, mesmo que a
gente demore pra se achar, alguém sempre vem para nos dar a mão e amenizar as
dores dos caminhos. Não importa o tempo que a viagem vá demorar, o importante é
continuar andando.






Oi Bruna, que texto lindo, realmente NINGUÉM PODE QUANTIFICAR o que sentimos, só nós mesmo...
ResponderExcluirForça ai nos seus projetos...
Também tenho alguns que estão na marcha lenta, mas sei que vão acontecer =) Boa sorte pra NÓS.
Beijos.
Brigada pela visita lá no blog.
Oi, Sandra!
ResponderExcluirObrigada mesmo! Força nos seus projetos e nunca desista de um objetivo! Desejo toda sorte do mundo!! Volte sempre! Beijinhos!