Se perder para se encontrar

29 julho 2013

Quando achamos que tudo parece estar perdido, quando pensamos que não vamos recuperar a leveza do dia a dia, quando pensamos que nada vai ser como antes ou como você gostaria que fosse, é então que alguma força lá de dentro faz com que a gente ande para frente, sem olhar para as dores, sem olhar para a angústia. Essa angústia malvada que faz questão de apertar o coração com as duas mãos e segurar a garganta para que falte o ar. São nessas situações, em que nos perdemos, que a gente acaba se encontrando. Viajar pra longe de tudo e de todos, mudar o caminho que fazemos todos os dias, colocar um batom diferente, usar roupa de primavera no outono e roupa de outono na primavera. Quem disse que é loucura? O que é a loucura afinal? O que é que determina que uma dor é maior que a outra? Que uma felicidade é mais feliz que a outra? Nada disso!


 Ninguém pode quantificar o que a gente sente. Só nós mesmos somos testemunhas dos nossos sentimentos e só nós mesmos temos os poder de encontrar o caminho adequado. Mesmo que esse caminho dê voltas por estradas tortuosas e esquisitas, eles podem ser o caminho certo. Talvez se perder por aí seja um caminho, talvez não. Mas a gente não vai saber se não tentar.

Me perco em mim mesma, todos os dias. Faço e refaço caminhos, alguns que eu nem sabia que existiam. Encontro coisas em mim que eu ainda não havia visto e sei que tudo isso é porque me perdi. Porque não exigi de mim estar sempre no caminho certo, talvez porque não haja um de fato. Já achei que não encontraria a luz no fim do túnel incontáveis vezes, chorei até a última lágrima, o ar já sumiu de meus pulmões tantas vezes que até perdi a conta. Mas eu sempre levantei. Eu sempre dei um jeito de encontrar novas possibilidades. Eu sempre depositei toda minha fé na frase "O que é meu tá guardado". 

Acho digno se perder para se encontrar e eu rezo todos os dias para aqueles que não se encontraram ainda, para aqueles que estão na área mais escura da estrada, que estão se sentindo sozinhos. A essência de tudo está na honestidade e na fé. A lanterna que faz a gente encontrar o rumo menos obscuro e mais leve é ser honesto consigo mesmo. Precisamos nos respeitar antes de tudo. É necessário estar inteiro para ter fôlego e força para caminhar. Porque se a gente cair, não tem pressa de levantar. E tudo bem se perder, mesmo que a gente demore pra se achar, alguém sempre vem para nos dar a mão e amenizar as dores dos caminhos. Não importa o tempo que a viagem vá demorar, o importante é continuar andando.


2 comentários:

  1. Oi Bruna, que texto lindo, realmente NINGUÉM PODE QUANTIFICAR o que sentimos, só nós mesmo...
    Força ai nos seus projetos...
    Também tenho alguns que estão na marcha lenta, mas sei que vão acontecer =) Boa sorte pra NÓS.
    Beijos.
    Brigada pela visita lá no blog.

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  2. Oi, Sandra!
    Obrigada mesmo! Força nos seus projetos e nunca desista de um objetivo! Desejo toda sorte do mundo!! Volte sempre! Beijinhos!

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