Estudantes vestem saias em São Paulo como forma de protesto
Fiquei super feliz quando recebi o convite da Bru para
participar do blog, mas confesso que estava meio perdida procurando sobre o que
escrever. Foi então que li uma matéria da CartaCapital falando a respeito de um
garoto que foi de saia, na quinta-feira dia 6, para a festa junina do seu
colégio em São Paulo, e foi repreendido por um de seus professores, gerando
depois uma grande repercussão.
O professor em questão ainda teria feito um comentário bem
infeliz, dizendo que o garoto confundiu a festa da escola com a Parada Gay.
Como forma de apoio, um de seus amigos decidiu também ir de saia para a aula no
dia seguinte, e o resultado foi um telefonema para os pais e o menino sendo
suspenso do colégio. Vários estudantes, então, decidiram protestar contra os dois
acontecimentos, mobilizando um “Saiaço”, e apareceram na segunda-feira, dia 10,
trajando saias longas.

Por essa o colégio não esperava... O diretor ainda teve a cara de pau de dizer que a razão da providência tomada contra os dois alunos teria sido por motivos de segurança, uma vez que eles poderiam ser ofendidos na rua trajados daquela forma. Mais ofendidos do que foram dentro da escola por seus superiores? Acho que não.
É triste pensar que mesmo com toda essa luta por um mundo
igualitário, pessoas são reprimidas dentro de um ambiente onde deveriam apoiar
a intelectualidade e a liberdade de expressão. Se nem mesmo nas escolas esse
processo de aceitação ao diferente é apoiado, imaginem só fora dela!
Eu acredito que a saída seja seguir o exemplo destes estudantes. As grandes conquistas foram feitas depois
de protestos que geraram revoluções. Mesmo um simples movimento, como o “Saiaço” do colégio Bandeirantes, já conseguiu gerar uma repercussão a ponto de chamar a atenção da mídia e abrir mais uma vez a questão do preconceito. Quanto mais um assunto é discutido, mais “cabeças são abertas” e mais fácil vem a aceitação.
Por Isadora Batagin, aluna do primeiro ano de Jornalismo da Unesp.







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